fonte: Dislexia.zip.net
Como identificar um aluno disléxico?
FALAR-OUVIR-LER-ESCREVER, são atividades da linguagem.
FALAR E OUVIR, são atividades com fundamentos biológicos.
A criança aprende a usar a linguagem falada com velocidade incrível e isto depende de: meio ambiente, trato vocal, organização do cérebro, sensibilidade perceptual para falar os sons.
Ela adquire a linguagem escrita em parte INVENTADA e em parte DESCOBERTA.
Inventada porque foram criados símbolos visuais (grafemas-letras) para representar elementos da linguagem.
Descoberta, porque esses elementos serão reconhecidos na linguagem falada (relação grafema/fonemas = sons das letras).
LER não depende somente da capacidade de segmentação fonêmica (reconhecer sons e símbolos).
Ela é necessária, mas não é suficiente para formar um bom leitor.
A criança precisa descobrir que uma palavra é composta por sons significantes e aprender a identificá-los. Mas principalmente, para se adquirir a habilidade da leitura e escrita, é necessário que haja a automatização desta função, além da capacidade de síntese (interpretação).
Esta habilidade não se desenvolve naturalmente nem através da maturidade. O aprendizado se incumbirá desta tarefa.
No entanto, há um número de crianças, bastante representativo, com dificuldade para aquisição e/ou automação do aprendizado da leitura e da escrita.
Entre as diversas causas possíveis dessa dificuldade está a dislexia, uma dificuldade acentuada na leitura e na escrita atinge de 10% a 15% da população mundial e que ainda não é reconhecida e nem muitas vezes aceita por professores e outros profissionais da educação.
Maria Angela Nogueira Nico – fonoaudióloga e psicopedagoga clínica, coordenadora e diretora técnica e científica da Associação Brasileira de Dislexia (ABD).
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